Quem tem crianças sabe que, andar pela casa pode ser mais perigoso do que num campo minado. A impressão é a de estar dentro do filme Toy Story da Disney, onde os brinquedos ganham vida e saem passeando por aí.
Para acabar com essa bagunça, o melhor a fazer é determinar um local específico para que elas possam brincar à vontade, soltar a imaginação e aprender desde cedo a organização.
Se você tem um cômodo livre em casa, pode destiná-lo exclusivamente a brinquedoteca, mas é possível também montar um cantinho dentro do quarto só para as brincadeiras.
Vamos as dicas?
1. Layout ou setorização
Mesmo num cômodo pequeno, procure definir o espaço para cada tipo de brincadeira, por exemplo: a área de desenho e pintura, dos jogos de tabuleiro, leitura, brincadeiras livres e espaço para organização.
Assim fica fácil definir a etapa de escolha dos móveis, pois você terá uma ideia do tamanho para cada um deles.
2. Escolha dos acabamentos
Como estamos falando de crianças, precisamos pensar em 3 principais pontos antes de escolher acabamentos: segurança, manutenção (limpeza) e conforto.
Isso quer dizer um grande não para pisos escorregadios, gelados, que risquem ou que manchem com facilidade. Como exemplo de boas opções podemos mencionar os pisos vinílicos que possuem uma sensação tátil confortável, não riscam com facilidade e são fáceis de limpar, podendo usar inclusive um pano bastante úmido quando necessário.
Outra opção são os pisos resinados. Eles são monolíticos, quer dizer que não possuem rejunte e, portanto, não há risco de impregnar bactérias, são também ótimos para limpeza e podem ser feitos em diversas cores e formatos.
Para as paredes prefira tintas super laváveis, mas você também pode utilizar os papéis de parede (também laváveis) ou painéis de lousa (para giz líquido, por favor!) e magnéticos. Algumas tintas podem até ser antibacterianas, viva a tecnologia!
Evite rodapés brancos, eles serão os primeiros a encardir (antes mesmo das próprias crianças) e deixe pequenos tapetes para áreas de leitura, o risco de sujar é menor.
3. Móveis
Aqui a idéia é: quanto menos, melhor!
Crianças precisam de espaço para se movimentar com liberdade, então invista em peças versáteis como baús em forma de bancos e peças com rodízios que possam ser deslocadas de um lado para outro. Para garantir a segurança prefira móveis com cantos arredondados e, obviamente, nada em vidro (tampos de mesa, prateleiras, etc).
Lembra do item 01 quando falamos de layout? Agora que você já sabe fazer, é possível dimensionar o tamanho da mesinha para desenho e pintura, a quantidade de prateleiras para livros e organizadores para os brinquedos, que podem ser em caixas ou uma só estante.
Sempre sugiro, em nossas consultorias, a colocar todos esses elementos na altura da criança, evitando que elas precisem subir em algum tipo de banquinho para alcançá-los.
4. Organização
Outra vantagem de se ter os móveis a altura dos pimpolhos é ensiná-los sobre organização. Mesmo ainda pequenos, eles já conseguem executar algumas tarefas simples como guardar seus próprios brinquedos.
Para ajudá-los nessa tarefa, os papais podem determinar, por exemplo, uma cor de caixa para cada tipo de brinquedo, assim as crianças que ainda não forem alfabetizadas podem concluir com êxito essa tarefa. Para os maiorzinhos, etiquetar os organizadores com o nome do seu conteúdo, é uma excelente forma de colocar em prática aquilo que aprenderam na escola.
Não é necessário gastar rios de dinheiro com as caixas organizadoras que se vendem em lojas especializadas. Vamos economizar aqui afinal, os brinquedos já são caros por si só. Uma alternativa é encapar caixas de papelão com sobras de tecido ou papel autocolante.
Para lápis de cor e giz de cera, as já famosas latinhas de metal pintadas com spray ficam lindas e dão conta do recado.
Por que não reciclar algum móvel encostado ou com pouca utilidade? Fruteiras, por exemplo, podem ser ótimos organizadores, sabia? Use a criatividade e além de deixar o espaço super personalizado, ainda estará ajudando o meio ambiente através da reciclagem.
5. Cores
Talvez a pergunta mais feita sobre o assunto. Que cores usar?
Geralmente, os brinquedos possuem cores fortes e estimulantes, por esse motivo, prefiro deixar o ambiente com uma paleta um pouco mais suave para não transformar tanto estímulo em irritabilidade.
Tons neutros, off-White ou pastéis são uma boa pedida para as paredes. Móveis em tons de madeira ou brancos com alguns elementos coloridos fazem uma composição harmoniosa e sem exageros.
Mas se você gosta de um ambiente bem colorido, opte por destacar um ou duas paredes apenas e deixar o restante mais suave.
Lembre-se que, se precisar de ajudar personalizada para montar a brinquedoteca do seu filho, pode contar com a gente !